quarta-feira, 6 de junho de 2012

Economia brasileira: As novas medidas de estímulo ao consumo

Diante do agravamento da crise econômica mundial, mais intensa neste momento na Europa,para que não tenha grandes impactos no nosso país, o governo brasileiro, toma medidas para tentar estimular a economia através de redução de impostos e taxas de juros mais baixas para financiamentos. Sendo a indústria automotiva uma das principais cadeias produtivas do nosso país gerando um efeito multiplicador em vários setores, a escolha do governo foi mais uma vez reduzir o IPI (imposto sobre produtos industrializados) sobre automóveis. Além da redução do IPI o governo aumenta o prazo do financiamento para veículo e diminui o IOF (imposto sobre operação financeira) para crédito a pessoas físicas. Isto certamente irá fazer com que o preço dos veículos caia. Desta maneira certamente o preço dos veículos usados irá cair e os consumidores terão mas dificuldades em vendê-los.


O fato é que devido a crise econômica mundial o Brasil vem tomando algumas medidas para incentivar o consumo do mercado interno, possibilitado este incentivo também pela redução do ritmo de alta da inflação. Estas medidas vem de encontro também a manutenção do nível de emprego, principalmente no setor produtivo, que já vem passando grandes dificuldades devido também a taxa de câmbio com o real bastante valorizado nos últimos meses. A grande questão é que neste momento da economia brasileira, apesar de muito sólida, e de dar uma oportunidade grande aos brasileiros trocarem seus veículos e comprarem mais, com maior prazo e menores custos de financiamento, mais uma vez o país se preocupa com o lado da demanda, incentiva a procura e não faz nada do lado da oferta, não corrige problemas estruturais do país, não simplifica a carga tributária, não melhora infra estrutura de logística e transporte, não desonera a produção como um todo, ou seja, medidas que fariam o país se tornar sustentável e pensar no longo prazo. Atualmente 40% do preço dos produtos industrializados corresponde a tributos.


Para o consumidor duas questões. Primeiro aproveite a oportunidade de queda das taxas, diminuição do IOF e oportunidade de bens de consumo mais barato. Segundo, se planeje para consumir, se tem uma divida mais cara, troque para uma mais barata e não utilize este momento apenas para aumentar seu passivo e "criar" mais despesas ao longo dos próximos meses, mas sim para assumir passivos menos onerosos para suas finanças pessoais.


Fábio Machado - Economista - Instituto de Solução Financeira
34 - 9997-0080